A Dinamarca é um pequeno país nórdico com uma alma gigante.
Terra dos vikings, de Hans Christian Andersen e de uma das sociedades mais felizes e sustentáveis do planeta, o país combina história milenar com um estilo de vida moderno, criativo e acolhedor.
Situada entre o mar do Norte e o mar Báltico, a Dinamarca é formada por mais de 400 ilhas, das quais cerca de 70 são habitadas, incluindo as grandes Zelândia, Fiônia e Jutlândia, conectadas por pontes, ferries e uma eficiência tipicamente escandinava.
A história dinamarquesa também é fascinante: ela remonta à Era Viking (séculos VIII a XI), quando os navegadores e guerreiros locais exploraram e colonizaram grande parte do norte da Europa.
Durante a Idade Média, o país se tornou um poderoso reino escandinavo e chegou a dominar a Noruega, a Suécia e a Islândia.
No século XIX, após conflitos e perdas territoriais, a Dinamarca iniciou uma fase de estabilidade e prosperidade, transformando-se em uma monarquia constitucional moderna.
Hoje, é uma das democracias mais antigas e respeitadas do mundo, famosa por sua igualdade social, educação exemplar e design inovador.
A Estátua da Pequena Sereia: O símbolo mais delicado de Copenhague
Às margens do porto de Copenhague, sentada sobre uma rocha e olhando melancolicamente para o mar, está uma das esculturas mais famosas do mundo: A Pequena Sereia (Den Lille Havfrue).
Ela é pequena, silenciosa e aparentemente simples mas carrega uma história cheia de arte, emoção e simbolismo.
A inspiração: o conto de Hans Christian Andersen
A estátua foi inspirada no conto “A Pequena Sereia”, escrito em 1837 pelo dinamarquês Hans Christian Andersen, o mesmo autor de O Patinho Feio e A Rainha da Neve.
A história fala de uma jovem sereia que se apaixona por um príncipe humano e, para viver esse amor, entrega sua voz e sofre a dor de deixar o mar, um conto de amor, sacrifício e transformação que encantou gerações.
A criação da escultura
Mais de 70 anos depois, o conto inspirou o empresário e filantropo Carl Jacobsen, filho do fundador da cervejaria Carlsberg, a encomendar uma estátua em homenagem à personagem.
Jacobsen ficou profundamente impressionado ao assistir ao balé A Pequena Sereia no Teatro Real Dinamarquês e decidiu eternizar a figura em bronze.
O escultor Edvard Eriksen foi escolhido para criar a obra, inaugurada em 23 de agosto de 1913.
O rosto da sereia foi modelado a partir da bailarina Ellen Price, que interpretou a personagem no balé mas, por pudor, ela recusou posar nua. O corpo da estátua foi então moldado com base na esposa do artista, Eline Eriksen.
Tamanho e simbolismo
Com apenas 1,25 metro de altura e cerca de 175 kg, a estátua é pequena em tamanho, mas imensa em significado.
Ela representa a alma sonhadora da Dinamarca: delicada, poética e melancólica, com o olhar voltado para o horizonte entre o mundo real e o dos sonhos.
Uma estátua resistente ao tempo
Ao longo do século XX, a Pequena Sereia tornou-se um símbolo nacional e um dos monumentos mais fotografados da Europa.
Mas também foi alvo de vários atos de vandalismo: foi decapitada duas vezes, pichada e até explodida parcialmente.
Ainda assim, sempre foi restaurada, um reflexo da resiliência e do carinho do povo dinamarquês por sua mais famosa moradora de bronze.
Hoje
A estátua fica no Langelinie Promenade, um agradável calçadão à beira-mar, e é parada obrigatória para quem visita Copenhague.
Milhares de turistas de todo o mundo vêm ver de perto a pequena sereia que, mesmo silenciosa, continua contando a história mais bonita da cidade, a história de sonhar com o impossível e acreditar no amor.
Curiosidade:
Existe uma réplica oficial da Pequena Sereia em várias partes do mundo, incluindo Xangai, Seul e Solvang (EUA), mas a original, claro, vive e encanta na sua casa em Copenhague.
Principais cidades e vilas encantadoras
Copenhague (København)
A capital dinamarquesa é vibrante, criativa e sustentável.
Aqui convivem o charme dos canais de Nyhavn, o luxo discreto do Palácio de Amalienborg (residência da família real) e a vanguarda cultural do bairro alternativo Christiania.
Não deixe de visitar o Museu Nacional, o Castelo de Rosenborg e o parque Tivoli Gardens, um dos mais antigos parques de diversões do mundo.
Restaurante imperdível: Noma: eleito várias vezes o melhor restaurante do mundo, com sua cozinha inovadora baseada em ingredientes nórdicos.
Aarhus
A segunda maior cidade do país, localizada na península da Jutlândia, combina história viking e arte contemporânea.
Visite o Museu ARoS, com sua passarela colorida “Your Rainbow Panorama”, e o bairro histórico Den Gamle By, uma vila-museu que recria séculos de arquitetura dinamarquesa.
Dica gastronômica: Restaurant Domestic com uma estrela Michelin e cozinha regional com toque moderno.
Odense
Cidade natal de Hans Christian Andersen, é charmosa e poética.
Caminhar por suas ruas coloridas e visitar o Museu Andersen é como mergulhar em um conto de fadas.
Ribe
Fundada no século VIII, é a cidade mais antiga da Dinamarca.
Com ruas de paralelepípedos e casas medievais, é o destino perfeito para quem quer sentir o espírito da Era Viking.
Skagen
No extremo norte da Dinamarca, onde os mares Báltico e do Norte se encontram, está Skagen, famosa pela luz dourada que inspirou gerações de pintores.
As dunas, os faróis e o vento marítimo fazem deste um lugar mágico.
Atrações imperdíveis da Dinamarca
Castelo de Kronborg (Elsinore): cenário de Hamlet, de Shakespeare, e Patrimônio Mundial da UNESCO.
Castelo de Frederiksborg (Hillerød): o maior castelo renascentista do país, cercado por jardins deslumbrantes.
Ilha de Møn: conhecida pelos penhascos brancos Møns Klint, um espetáculo natural.
Legoland Billund Resort: diversão para famílias e fãs do brinquedo que nasceu na Dinamarca.
Museu dos Vikings (Roskilde): com embarcações originais do século XI.
Ponte Øresund: liga a Dinamarca à Suécia e é um símbolo da modernidade escandinava.
Gastronomia dinamarquesa
A culinária do país reflete simplicidade e sofisticação.
Além da estrela smørrebrød (pão de centeio com coberturas variadas), os dinamarqueses valorizam produtos locais e frescos: peixes, frutos do mar, batatas e vegetais.
O movimento Nova Cozinha Nórdica transformou o país em referência mundial, com diversos restaurantes premiados.
Veja alguns restaurantes em destaque:
Geranium: 3 estrelas Michelin, em Copenhague.
Kødbyens Fiskebar: ambiente moderno e frutos do mar fresquíssimos no Meatpacking District.
Curiosidades sobre o país!
A Dinamarca é considerada um dos países mais felizes do mundo, segundo o Relatório Mundial da Felicidade da ONU.
É o berço do LEGO, criado em Billund em 1932.
O conceito de hygge, que significa “acolhimento e conforto”, é central no estilo de vida dinamarquês.
Quase 50% da população de Copenhague usa bicicleta como principal meio de transporte.
Dinamarca: o paraíso das bicicletas!
ADinamarca é um dos países mais “bike-friendly” do mundo e pedalar faz parte do estilo de vida dinamarquês tanto quanto o café e o hygge!
Hygge é um conceito dinamarquês de aconchego, bem-estar e sensação de segurança.
Cerca de 90% da população possui uma bicicleta, e mais da metade dos moradores de Copenhague usa a bike todos os dias para ir ao trabalho, à escola ou até para fazer compras.
A capital possui mais bicicletas do que carros, e conta com ciclovias largas, bem sinalizadas e seguras, há até semáforos exclusivos para ciclistas e estacionamentos gigantes dedicados a elas.
O uso da bicicleta não é apenas por lazer: é uma opção de transporte oficial e sustentável, apoiada pelo governo e parte da cultura nacional.
Curiosidade:
Em Copenhague, existe até um “freeway” para bicicletas, uma rodovia exclusiva e longa que liga subúrbios à cidade, tornando o trajeto rápido e tranquilo.
É por isso que a Dinamarca é frequentemente chamada de “o paraíso das bicicletas”
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image sources
- Estátua da Pequena Sereia, em Copenhague: ©eorihuela, Pixabay
- Aarhus: ©Angela Arten-Meyer - Alemanha! Por que não?
- Castelo de Frederiksborg: ©Angela Arten-Meyer - Alemanha! Por que não?
- Smørrebrød: ©Freep!k
- Copenhague feita de Lego na Legoland em Billund: ©MARKTPLATZRehburg-Loccum, Pixabay
- Copenhague: ©Angela Arten-Meyer - Alemanha! Por que não?

